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domingo, 9 de maio de 2010

Lágrimas de sangue



A anódina das tuas palavras corta-me o coração às fatias,

na réstia de amor que a distância nos permite manter.

O dia nasceu num choro compulsivo, como o meu coração.

No rosto apenas as marcas da desilusão.

O que me sai da alma e me corre pelo rosto,

é a demonstração corpórea do que temos.

São lágrimas de sangue o que choro,

lágrimas levadas pelo mar e corroídas pelo tempo!

E o tempo começa a comprimir demasiado.

Hoje perdi uma asa no meu voar.

Não quis voar até ao altar que me esperava.

Quem sabe se perdi mesmo a capacidade para voar?

Que importa se já nem voar me dá prazer…

1 comentários:

Ana Isabel disse...

Escreves muito bem..

Ficção?

Realidade?


Um abraço daqui


Ana Isabel