
Os candeeiros da rua já se acenderam. É noite! Anoitece mais uma vez na fronha dos meus lençóis e tu não estás. Penso se estarás a pensar em mim!
Olho pela janela e fico encadeado com o esplendor da lua grávida. Penso de novo em ti.
Como desejava estar preso nos teus braços, sentir o calor do teu corpo incendiar-me as veias da paixão. Sentir o doce dos teus lábios colados aos meus.
Só, no encoberto da noite eu encontro a luz para sonhar. É à noite que eu pergunto tudo por ti, e peço à lua e às estrelas para te trazerem junto de mim.
Ando perdido. Sinto-me um enfermo dentro deste corpo sem utilidade. Um lobisomem faminto de amor. Tu sabes!
A solidão traz-me a mágoa por não te ter aqui.
A solidão traz-me a mágoa por não te poder abraçar agora.
A solidão que me magoa vai saber esperar.
Faço da lua cheia um farol para me guiar, pois só no escuro da noite encontro o clarão para sonhar!
Anoitece, mais uma noite que tu não estás.
No silêncio envio-te palavras de amor que tu escutas quando espreitas à janela do teu coração e o vento da alma te invade de palavras.
Palavras de saudade.