Ontem choveu e eu chorava também.
Havia demasiado bafio no ar.
A água era vermelha cor de sangue.
Sons de vapor misturado com manchas de memórias antigas.
Precisava de água. As nascentes secaram à beira da estrada perdida no desejo.
Um dia de chuva. Em desespero beijei a água que desabava sobre um corpo moribundo.
Gotas fêmeas de luxúria, sem dó continuaram a molhar-me por inteiro.