Entre as veredas de um jardim antigo
Tenho um rosto guardado num canteiro
Que rego com as lágrimas da descrença
Os seus olhos são amaciados pela noite
Desenhados outras vezes pelo sol
Rosto que foi o primeiro e derradeiro comigo.
Foste como a imagem de pedra nos olhos da terra.
Foste como a imagem da poesia para os bêbados e poetas.
Foste como uma porta a abrir
Uma janela a fechar
Uma flor a florir
Outros rostos impedem-me a viagem
Mas nenhum me convence
Enquanto não der pela passagem
Do rosto que não sei a quem pertence
E que nunca fez parte da minha paisagem.
6 comentários:
Belo poema com música a condizer.
Uma eterna procura..
Abraço
Ana Isabel
Meu amigo
Lindo poema...procuramos sempre, por nós, pela vida.
Beijinhos
Sonhadora
Boa Páscoa.
Ana Isabel
É mais fácil sonhar do que deixar de acreditar... que possas um dia encontrar esse rosto que não sabes a quem pertence para quem vive a sonhar é mais fácil viver.
Um beijo adorei o poema
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