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domingo, 10 de outubro de 2010

Paradoxo


Se o véu que me tapa os olhos doridos das lágrimas soltas se rompesse, talvez hoje visse a vida a cores, no ecrã cinzento do meu caminho.


Mas que caminho?

Já nada me importa…

Quero seguir a exortação de quem sabe o que fala.

Quero voltar a trás sem cair no mesmo erro, mas sim voltar atrás caminhando, sem me perder…

Ter a coragem para seguir em frente, sem retomar o caminho errado. Tomar o caminho certo que quiçá um dia pensamos não ser o nosso e afinal está ali mesmo ao nosso lado.

Sei que existe um sol azul a meio caminho da angústia tomando a rota do sonho.

Mas o sonho é um vazio de mim, nem existo… como dizes.

Eu sim, fui a ilusão desse caminho que está mesmo à tua beira, no entanto pensaste não ser o teu. A cegueira está longe e a certeza tão perto.

Acredita que afastado ou próximo os teus raios de amor andam distantes e escondidos atrás das nuvens do desapontamento.

Assim, ficarei… sem ti, sem mim… sem nós. Ambos não existimos sem a sombra do outro.

Mas, até a própria sombra nos abandona…
Amo-te E.

Não tenho vergonha de o dizer... e sem vergonha te digo que será o meu derradeiro post.

Não haverá mais guerra. Eu sim, escrevo para ti e sem vergonha, porque o amor deve ser superior a tudo e a todos.

Um beijo para ti...